MOÇÕES APROVADAS
Moção de Repúdio ao governo Municipal e Estadual de São Paulo pela não convocação da Conferência Municipal de Comunicação.
Nós, participantes da 1ª Conferência Municipal de Comunicação de São Paulo, manifestamos nosso mais profundo repúdio ao prefeito Gilberto Kassab e ao governador José Serra por não terem convocado as estaps municipal e estadual da Confecom.
Com esta atitude, prefeito e governador se omitiram da responsabilidade de contribuir com a estruturação das conferências, o que trouxe limitação para a ampliação do debate e colocou em risco a própria realização das Conferências.
Ao se omitirem demonstram o compromisso que têm com os setores da mídia hegemônica que não têm nenhum interesse em travar o debate da comunicação, que é fundamental para aprofundar a democracia em nosso país.
São Paulo, 14 de novembro de 2009.
Moção de Repúdio à criminalização dos movimentos sociais
Os grandes veículos de comunicação constituem-se espaço privilegiado para o debate de ideias na sociedade. Ao transmitirem suas mensagens para milhões e bilhões de receptores, os grandes veículos contribuem para a formação e difusão de valores. Ocorre que os detentores deste poderoso instrumento no Brasil privilegiam a retroalimentação de valores conservadores e muitas vezes preconceituosos, não havendo espaço para opiniões diversas, que pudessem questionar e mesmo desconstruir estes preconceitos.
A Conferência Municipal de Comunicação de São Paulo repudia a criminalização dos movimentos sociais promovida pela chamada grande mídia no Brasil. Os ataques veiculados por TVs, rádios, jornais, revistas e grandes portais da internet promovem um verdadeiro processo de criminalização e tentativa de deslegitimização dos movimentos sociais junto à sociedade, atingindo os movimentos estudantil, sindical, de combate ao racismo, ao machismo e à homofobia, movimentos pela moradia e diversos outros que lutam pela emancipação do povo e o desenvolvimento do país.
Prestamos em especial, solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST, que carrega uma das mais justas e antigas bandeiras, essencial ao desenvolvimento da nação: a Reforma Agrária. Tal movimento é atacado sistemática e covardemente pelos donos da mídia e seus títeres presentes nos mais diversos espaços de poder. Com o mesmo vigor, repudiamos e exigimos o fim da CPI criada com o objetivo de colocar o MST no banco dos réus e dar pauta àqueles que não acreditam no Brasi.
São Paulo, 14 de novembro de 2009.
Moção de Repúdio
A 1ª Conferência Municipal de Comunicação da Cidade de São Paulo é contra o racismo institucional na comunicação, com preconceitos, intolerância religiosas, perseguições raciais e políticas, com abusos de poder de autoridades que deturpam e se apropriam dos meios de comunicação, pois assim o Poder Público utiliza os meios corporativos, vinculados ao grande capital, para reproduzir esse ideário racista de forma camuflada e impedir a pluralidade e diversidade de idéias e comunicação na sociedade.
Moção de Repúdio
Nós participantes da 1ª Conferência Municipal de Comunicação repudiamos a forma que é veiculada pelos meios de comunicação a atuação dos Conselheiros Tutelares, transmitindo à população um conceito equivocado dessa atividade.
Moção de apoio À APROVAÇÃO DA PEC 386/89, QUE TRAMITA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, E DA PEC 33/90, QUE TRAMITA NO SENADO, para RESTABELECER A OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA para o exercício da profissão de JORNALISTA.
Moção de repúdio AO PROGRAMA TOMA LÁ DÁ CÁ, DA TV GLOBO. PELO FIM DO PRECONCEITO À DIVERSIDADE DE TRANSSEXUAIS E LÉSBICAS NA MÍDIA.
Pela imediata retomada do funcionamento do Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Senado Federal, que desde 2006 está desativado por falta de ação da mesa diretora da Casa para a nomeação de novos conselheiros/as.
Moção de Repúdio ao tratamento dado pela mídia ao caso da estudante Geisy de Arruda, da UNIBAN.
Nós, participantes da I Conferência Municipal de Comunicação de São Paulo, repudiamos o mais recente exemplo de misoginia, violência contra a mulher e representação da imagem do jovem praticado por parte dos meios de comunicação na cobertura do caso da estudante Geisy de Arruda, da UNIBAN.
Em muitos meios de comunicação, foi dado um tratamento sensasionalista, machista e mercadológico deste caso de violência contra a mulher. Repudiamos ainda as manifestações machistas e violentas por parte dos estudantes contra esta aluna, que ferem a autonomia do corpo da mulher. Rapidamente o assunto tornou-se prioridade para a mídia oportunista. As reportagens veiculadas foram abordadas sob a ótica da exposição e do controle do corpo da mulher. A comunicação, no entanto, deveria ser de interesse social e veicular matérias ligadas ao tema da violência contra a mulher e em defesa do direito e auto determinação das mulheres.
Esta conferência pede retratação desses meios de comunicação, como forma de controle social sobre o conteúdo veiculado sobre este caso, no sentido de que valores não sexistas sejam reproduzidos pela mídia brasileira, para atender a interesses econômicos e a demandas por reportagens sensasionalistas e machistas.
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